Introdução
A Energia Elétrica possui características, que a diferencia das demais fontes de energia:
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Ela não existe na natureza, exceto, por breves períodos de tempo, nos raios e relâmpagos;
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Ela não pode ser armazenada na sua forma natural;
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Ela não pode ser transportada livremente pelo mundo;
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Mas ela pode ser transformada em praticamente todas as outras formas de energia.
A vida civilizada, como conhecemos atualmente, seria inviável sem ela. A falta de energia elétrica paralisa as indústrias, as cidades, os transportes e as comunicações.
Por outro lado, conforme pode ser visto na figura abaixo, a distribuição não é equitativa no planeta.
Índice de Desenvolvimento Humano
O Produto Interno Bruto - PIB - é importante medida do desenvolvimento econômico das nações, assim como o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH - é importante medida do desenvolvimento social das nações.
Amartya Sen ganhou o prêmio Nobel de Economia em 1998 com o desenvolvimento do IDH. O IDH utiliza, além da renda per capita, a expectativa de vida ao nascer, os anos médios de estudo e os anos esperados de escolaridade [1].
Como relação entre o IDH e o PIB é, por definição, logarítimica e existe correlação entre o PIDH e o consumo de energia elétrica per capita, espera-se que exista uma relação bem definida entre o IDH e o cosumo de eletricidade.
A Figura 1 mostra esta relação considerando apenas os 10 maiores produtores de energia elétrica do mundo.[2, 3]
Observa-se o crescimento logarítimico do IDH com o consumo de eletricidade, conforme esperado.
Portanto, o investimento em energia elétrica é estratégico para o progresso econômico e social de os países com IDH abaixo de 0,8.
Por isso, diversos programas sociais, tais como o "Luz no Campo", o "Luz para Todos" e a tarifa de baixa renda foram criados para aumentar a utilização da eletricidade por segmentos da sociedade com IDH menor.
Consumo de Eletricidade per capita
O consumo de eletricidade per capita é o indicador chave de comparação entre países em decorrência de sua importância para o IDH e PIB.
A Figura abaixo apresenta a evolução do consumo de energia elétrica per capita para Argentina, Brasil, China, Rússia e Índia. Devido à relação entre a economia e o consumo de energia elétrica, a análise do mercado de energia nestes países atrai a atenção do mundo.
Observa-se que a Rússia apresenta o maior consumo per capita do grupo. Contudo, ele decresceu a partir da queda do muro de Berlim em 1990 mas voltou a crescer a partir do final da década de 90 em ritmo inferior ao dos demais países.
A China destaca-se pela elevada taxa de crescimento do consumo de energia.
Geração de Energia Elétrica no Brasil
Tudo começou em 1879, com a inauguração da iluminação elétrica na estação Dom Pedro II (Central do Brasil) no Rio de Janeiro.
Em 1881, foi inaugurada a primeira iluminação pública num trecho do jardim do Campo da Aclamação, a atual Praça da República em São Paulo.
Em 1883 começou a funcionar no Brasil a primeira usina de geração no país; uma unidade termelétrica de 52KW movida a lenha na cidade de Campos no estado do Rio de Janeiro. Foi o início do serviço público de iluminação na América do Sul.
Neste mesmo ano entrou em operação a primeira usina hidrelétrica em Diamantina, MG.
Em 1904, investidores canadenses e americanos criam a Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company com a intenção de explorar praticamente todos os serviços urbanos: transportes, iluminação pública, produção e distribuição de eletricidade, distribuição de gás canalizado e telefonia. Portanto, a primeira empresa de energia elétrica nasceu privada.
Referências
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Wikipédia, Índice de Desenvolvimento Humano.
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International Energy Agency, World Energy Outlook 2013, ISBN:978-92-64-20130-9