Introdução
De acordo com o artigo da Revista Exame, estamos entrando na era do fim da energia barata.
Os motivos apontados são:
- A distância para os novos aproveitamentos hidrelétricos é cada vez maior;
- As termelétricas utilizam combustíveis fósseis, cujos preços não param de subir e as reservas são limitadas;
- As fontes alternativas ainda não são economicamente viáveis em grande escala;
- Os movimentos sociais e ambientais exigem gastos cada vez mais elevados;
- A presença do Estado na regulação do setor e mudando as regras afasta os investidores;
A energia elétrica é um insumo básico da sociedade moderna e, como tal, está sujeita às leis de mercado.
Mas o que são essas leis e que teorias econômicas se aplicam ao insumo eletricidade?
Quanto custa gerar energia elétrica?
A figura abaixo apresenta as tarifas residenciais e industriais dos países da América Latina em 2006 com os impostos incluídos.
Observamos que, apesar do que é amplamente divulgado, a tarifa de energia elétrica no Brasil não é barata.
Na verdade, ela está entre as 6 mais caras da região, sendo mais barata apenas do que em Cuba, Barbados, Guiana, Granada e Jamaica.
Como explicar que nossa tarifa de energia elétrica é mais cara do que no Paraguai, Uruguai e Chile?
A tarifa residencial no Paraguai é a terceira mais barata da região e é 3 vezes mais barata do que no Brasil.
Como explicar esta diferença se Itaipu é a usina mais importante para os dois países?
A energia na Colômbia, que também é predominantemente hidrelétrica, é a metade do preço da energia no Brasil.